sábado, 23 de julho de 2016

Uma viagem ao México

                                                                  México

Entre meus sonhos mais caros sempre esteve o México. Seja nas músicas, nas tortilhas e tacos, tequila, mariachis, maias, astecas, Virgem de Guadalupe, heróis e caudilhos... Sempre vinham a mim objetos, filmes, festas, situações que me atraiam para o México. E foi com os olhos, ouvidos, boca e nariz que enfim, tive a alegria de conhecer este grande e surpreendente país.
Quando nosso avião pousou, uma voz vinda da cabine disse: "Bienvenidos a México!" Meus olhos se encheram de lágrimas. Pura emoção!
Primeiro mergulho: 15 dias na Ciudad de México. Imediatamente nos dirigimos para a Zócalo, a praça principal, onde tudo acontece. Ali estão o Palácio Nacional de onde despacha o Presidente da República e foi construído no local onde existiu o Palácio de Monctezuma II, imperador dos astecas; a Catedral Metropolitana, monumental, construída durante todo o período colonial refletindo vários estilos arquitetônicos; o Templo Mayor de Tenochtitlan que foi destruído depois da conquista espanhola e, em 1978, eletricistas trabalhando naquele local, descobriram uma estátua de pedra da deusa asteca Coyolxauhqui, Por sorte o Presidente da República na ocasião, José López Portillo, homem consciente da importância desta descoberta histórica, desapropriou os prédios do quarteirão e começou um grande trabalho de escavação arqueológica que descobriu 107 tumbas, cerca de 8.000 objetos que estão hoje em um museu anexo às ruínas.





Aquela praça enorme, efervescente é um espetáculo por si só. Em cada esquina há um tocador ou tocadora de realengo vestindo um uniforme caqui, o mesmo usado por Pancho Vila. A música saída daquele aparato enche a praça e o chapéu estendido informa que devemos pagar por aquela delicadeza. Uma banca de retratos de famosos está expondo suas obras em frente à Catedral. E vejo lado a lado Emiliano Zapata, Chalie Chaplin, Pancho Vila, Comandante Marcos, Elvis Presley, Che Guevara, Frida kahlo e Diego Rivera, os Beatles vestidos à mexicana, Marlyn Monroe, a Virgem de Guadalupe, Benito Juarez e outros mais. Diante daquela diversidade, compreendo que preciso conhecer mais sobre este país.
Tambores tocam no jardim ao lado da Catedral e para lá nos dirigimos. Eram jovens, rapazes e moças, vestindo trajes astecas com ricos toucados de pluma e figuras de animais de poder. Dançavam como seus ancestrais, conscientes de seu valor e origem. O cheiro do cobal, incenso usado desde o tempo dos astecas, vinha do altar de oferendas no centro da cerimônia. Muitas pessoas se aproximavam para serem purificadas. Também entrei na fila e fui abençoada à maneira asteca em meu primeiro dia no país.


De dentro do adro da Catedral havia também um grupo de dançarinos e para lá nos dirigimos. conversamos com um senhor que adornava seu toucado com plumas. Ele disse que dançavam para o deus que estava na Catedral, mas também para os deuses que estão embaixo. E não cobravam. Entendemos que os deuses astecas estão mais vivos do nunca, coisa que os conquistadores espanhóis  jamais poderiam imaginar depois de anos e anos de desestruturação da cultura asteca.
Cansados e encantados, tomamos um bicitaxi até o hotel Diligencias por 70 pesos.
Pedimos o jantar no quarto: tacos e uma limonada que comemos e bebemos com gosto antes de dormir um bom sono depois de dois dias de vigília.

Um comentário:

Unknown disse...

Oi minha prima irma Angela, que fantástico!!! amei ver voce desempenhando esse papel do seu sonho!!! parabens!!! saudades!!