Contando histórias



        



Apresentação no Forum das Letras

Cada recanto da antiga capital de Minas esconde uma boa história. A Praça Tiradentes que já foi Praça da Independência e Morro de Santa Quitéria é o símbolo do poder constituído com o Palácio dos Governadores de um lado e a Casa de Câmara e Cadeia do outro. No meio uma grande estátua em homenagem ao Tiradentes, hoje herói nacional, ontem traidor da Coroa Portuguesa.

A condenação do suposto cabeça da Conjuração Mineira foi feita em grande estilo para servir de lição a quantos ousassem se sublevar contra o poder real. Execrado pelas autoridades locais, Tiradentes teve sua cabeça fincada sobre um poste, dentro de uma gaiola. "Até que o tempo a consuma" dizia textualmente a sentença.

A noite caiu. Todos se recolheram. Na calada da noite, um vulto se esgueirou oculto pela neblina baixa da madrugada fria de junho. Aproximou-se do poste, tirou dali a gaiola com a cabeça do herói e desapareceu na noite.
Quem seria tal amigo? Quem seria essa pessoa que livrou a população de espetáculo tão horrendo?

Nunca se soube e a cabeça nunca foi encontrada. Muitas investigações, buscas inúteis. Muitas histórias são contadas até hoje, sobre supostos crânios que seriam o do grande herói nacional.
Debaixo da estátua? Dentro da mina da casa do Seu Tito? Na tapera existente no alto das Cabeças? Junto ao altar maçônico existente em uma casa nas Lages? Próximo ao Pico do Itacolomi?

O mistério permanece.